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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Revestimentos para pisos


Regina Adorno
Formada em arquitetura pela Faculdade Mackenzie, com mestrado em História da Arquitetura na Universidade de São Paulo/USP, há
20 anos projeta residências e interiores.

Regina Adorno ensina que os revestimentos devem ser pensados como material, cor e textura. Lembre-se disso quando estiver diante das tantas opções de cerâmica, laminados, madeiras, pastilhas...e aprenda a dar o peso necessário a cada um desses elementos.

Na hora de decorar, não é só no mobiliário que se deve pensar. Os revestimentos usados nos pisos e nas paredes também precisam ser bem estudados, pois eles formam a base da composição final do ambiente. Esses acabamentos participam da gama de cores que rege o projeto e têm grande influência na atmosfera que se quer alcançar. Assim, o primeiro conselho é: escolha o revestimento tendo em vista seu material, cor e textura.

Para tanto, comece por selecionar o produto de acordo com a função do ambiente. Áreas molhadas (banheiro, cozinha, lavanderia e terraço) pedem materiais resistentes a água e gordura e que sejam fáceis de limpar e manter. Cerâmicas; laminados plásticos; pedras mais duras, como granitos e alguns mármores; pastilhas vitrificadas; limestone; tecnocimento; ladrilhos hidráulicos e pinturas impermeáveis estão entre as melhores opções. Nesse caso, impermeabilidade e dureza são atributos que não podem faltar. Já em áreas externas, os revestimentos adequados, além de possuir as características citadas acima, têm que suportar o sol e a chuva. Desse rol fazem parte madeiras como ipê e cumaru, pedras, porcelanatos, tintas e cimentícios.
Para áreas social e íntima a gama de materiais disponíveis é bem mais ampla. Os mais usados são madeiras, laminados, carpetes, papéis de parede, tintas lisas e texturizadas e tecidos. Há ainda as placas de couro e os painéis adesivados, muito apreciados para incrementar um determinado canto. Desde que seja avaliada a manutenção e a resistência do material, o limite aqui é a sua imaginação. Alguns projetos hoje estão se inspirando no brutalismo, uma tendência da década de 1960 em que os materiais da própria estrutura ficavam aparentes. Na versão atual, o concreto, o tijolo e os aços corten e inox voltam a se exibir, mas como acabamento, tanto em espaços internos como externos.

Definido o tipo de revestimento, parta para a análise da textura, cor e padronagem, características que irão determinar o clima do ambiente. Por exemplo, tecidos naturais, como o linho e a seda, imprimem aconchego ao espaço, já um papel estampado tende a deixar clássica a decoração. Por outro lado, placas cimentícias de grande dimensão dão ar moderno ao espaço, enquanto um carpete aplicado em tiras coloridas diverte e aquece a área. Se seu desejo é algo mais rústico e despojado, tijolo de demolição é uma ótima escolha. Um alerta: vá com calma nas texturas, desenhos e cores muito marcantes, eles tendem a tornar os espaços visualmente cansativos.

Outra consideração importante diz respeito à absorção acústica do material. Tecidos, painéis de madeira e carpetes absorvem e reduzem a reflexão do som. Excelentes opções, então, para home theaters e ambientes em que se faz necessário o isolamento de barulhos indesejados.

Finalmente, atente para as condições de instalação. Alguns materiais, como madeiras e cerâmicas, requerem mais obra, enquanto outros, como pisos carpetes de madeira, laminados plásticos e alguns pisos monolíticos, podem ser instalados sobre o antigo revestimento. É preciso, no entanto, considerar a espessura dos pisos escolhidos para não ter problema com a altura das portas.

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